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O TÚMULO DO CACAUICULTOR DESCONHECIDO - Por Henrique Almeida

Hesitei em escrever esse texto, auto censura, a pior das censuras. Porque hesitei? Não vai faltar "espírito de porco" de plantão pra dizer, lá vem àquele velho saudosista pra falar do passado da cacauicultura da Bahia. Saudosista uma ova, essa p.... custou nosso dinheiro e é assim que se encontra.
Na foto está o ESCRITÓRIO REGIONAL DA CEPLAC em Itabuna, Itabuna a dinâmica, como o ilheense César Amorim de Almeida, meu pai, se referia a cidade onde trabalhou por mais de vinte anos e fez grandes Amigos. Tô mentindo José Carlos Assis? José Carlos Jose Carlos Assis Assis.
Hesitei porque na "midia" vivemos um bom momento, basta da um Google com a palavra cacau que vai chover informações positivas, metas a ser alcançada na auto suficiência da produção, noite de entrega de prémios aos produtores das melhores amêndoas, novos "players", palestrantes Drs PhD's falando que viramos a página, busca de grandes produtividade por hectare, preço acima de USD$4.000,00/ton e aí vem esse velho saudosista falar de túmulo.
O título do texto não é uma criação minha, é uma volta ao passado quando a CEPLAC da bonança financeira construiu um prédio na Av Soares Lopes em Ilhéus no governo do então prefeito Ariston Cardoso e ficou alguns anos sem serventia, meu tio Hamilton Amorim de Almeida com toda sua irreverência "apelidou" aquele espaço com título desse texto, sábio tio Hamilton.
Na minha humilde opinião a culpa desse estágio da CEPLAC é de TODOS nós produtores e produtoras de cacau do sul da Bahia. Em um passando bem recente quando havia uma mudança de governo era uma verdadeira guerra entre os políticos eleitos pela indicação dos principais cargos da direção da CEPLAC, essa falta de interesse da classe política da Bahia demostra que aquilo que foi ORGULHO da cacauicultura MUNDIAL não vale apena lutar, e antes que a direção que hoje está venha dar "chilique" comigo deixo claro, vocês não tem culpa nenhuma desse quadro e morte anunciada.
Tio Hamilton estava certo, só não previu que quem ia contruir O TÚMULO DO CACAUICULTOR DESCONHECIDO era os próprios cacauicultores.

Henrique Almeida é produtor de Cacau e Chocolate na Bahia.

 

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