Éisso. Antes de provar, que tal uma reflexão? Vários produtos parecem ser o que não são.
E a culpa não está na rotulagem, muitas vezes nós é que não sabemos interpretá-la.
Pela Legislação como no Regulamento Técnico para Chocolates e Produtos de Cacau esta CHOCOLATE “é o produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau (Theobroma Cacao), massa (pasta ou liquor) de cacau, cacau em pó e manteiga de cacau, com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 25 % (g/100 g) de sólidos totais de cacau.”
Bom, sólidos de cacau, englobam cacau em pó, que não trazem informação sensorial e são usados só para dar potência e baratear.
Em outros ingredientes são permitidas gorduras diferentes da manteiga de cacau. Fugindo a lei da Pureza e confundindo o consumidor com os produtos sabor chocolate, aqueles que não tem o mínimo de sólidos de cacau e são denominados sabor chocolate.
Pronto tá aí a confusão, o mercado começa a chamar tudo de chocolate ou doce de chocolate e ouvimos: “Tem um chocolatinho” e vem uma trufa, não é?
Como falar de pureza, de cacau de origem, de gorduras nobres e confeitaria a partir de chocolates puros, se desde o insumo de base, já o desvalorizamos ou não escolhemos bem?
O interesse em aprender a degustar chocolates é a saída. Assim foi com o vinho e outros produtos. Não é difícil, é bom! Perceber as texturas, o dulçor e amargor, o equilíbrio e as impressões sensoriais. Assim formamos os consumidores críticos.
Você está nessa comigo!?
Então seguimos juntos…
Mirian Rocha
Chef Chocolatier e Sommelier de Cacau e Chocolates
Imagem : Airam Comunicação
FONTE : www.comcacau.com.br
